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30 de maio de 2012

TODO BRASILEIRO É GUAIANASES!

Buenas Guaianases!

Em homenagem ao aniversário do nosso querido Bairro de Guaianases e aproveitando para homenagear esse lugar que acolheu e ainda acolhe gente do Brasil inteiro. Publico hoje o artigo: Todo Brasileiro é Guaianases! O texto foi enviado pelo Dr. Franklin Karbstein - Presidente do Conseg Guaianases em comemoração ao aniversário do bairro. Vale a pena conferir!

TODO BRASILEIRO É GUAIANASES!

Todo brasileiro, é muito provavelmente, descendente dos Guaianases. Se você ficou curioso com essa informação, eu explico: No D.N.A. de cada um brasileiro, muito provavelmente corre o sangue dos índios Guaianases, que habitavam grande parte do estado de São Paulo, à época do descobrimento e cuja tribo, deu o nome ao bairro de Guaianases, no extremo leste da capital de São Paulo; que é uma pequena parte do que eram suas enormes possessões.

Eu digo que todo brasileiro é, na verdade guaianás, isto porque antes da primeira expedição portuguesa colonizadora do Brasil aportar às costas brasileiras, terra que àquela época se chamava Pindorama; um português sobreviveu ao naufrágio de seu navio. Era João Ramalho. Ele teve a sorte de naufragar em mares pertencentes aos índios Guaianases, que era a única tribo brasileira, que não comia carne humana; ou seja, não antropófaga. Era a tribo mais evoluída da terra de Pindorama, que hoje se chama Brasil.

João Ramalho tinha muitas mulheres índias à sua disposição. Era, provavelmente, pai de vários filhos, quando conheceu Bartira, filha do Cacique Tibiriçá, Chefe dos Guaianases. João Ramalho fez de Bartira, sua preferida e continuou a obedecer alegremente, o mandamento Divino “crescei e multiplicai”. Dessa mestiçagem, surgiram os primeiros “mamelucos” como eram chamados os mestiços de branco e índio. Os mamelucos, unidos aos portugueses nas Entradas e Bandeiras, ganharam os sertões e se fixaram, tornando-se os conhecidos “caboclos” e no litoral, chamavam-se “caiçaras”.

Mameluco, na língua Tupi é “Curimboca” ou “Curimbaba” cuja definição, no dicionário da língua Tupi, é: mistura de índio com branco. Os Guaianases eram uma das maiores tribos da grande nação Tupi, que habitava quase todo o litoral do Brasil e grande parte do interior.

A miscigenação entre brancos e índios, ocorreu, maciçamente, com os índios Guaianases, que eram os donos das terras onde hoje se situa toda a Grande são Paulo, cidades circunvizinhas e todo o litoral próximo. As outras tribos, por serem mais selvagens, colaboraram em menor índice, para a miscigenação.

A língua portuguesa falada no Brasil, tem muitas palavras tupi. Carioca é uma palavra tupi, que significa “casa de branco” “cari” = branco, “oca” = casa. Itaquera significa “pedra dura”, Jabaquara significa “homem que voa”, ou “senhor do vôo”. Arapuca é “armadilha”. Capim é mato fino.

Os índios Guaianases se sentiam os melhores! Se achavam os mais importantes e inteligentes. E eram mesmo. Dominavam praticamente todo o estado de São Paulo. Tibiriçá, o Cacique dos Guaianases, devido a sua importância, está sepultado na cripta da Catedral da Sé. O Guaianas Tibiriçá era chamado de “Maioral” ou “Vigilante da terra”. A maloca central da tribo Guaianases, até meados dos anos 60, ficava nas imediações de onde hoje fica a caixa d´agua, no centro do bairro de Guaianases.

Daí pode se concluir que a origem do povo brasileiro, este que nós vemos hoje andando nas ruas de todo o país, surgiu, da mistura entre os portugueses e os guaianases. Assim, em linhas gerais, todo brasileiro é de Guaianases, inclusive aquele que nasceu no Morumbi, que alias, na língua dos Guaianases significa “morro ou colina verde”!

Reprodução autorizada desde que citada a fonte. FRANKLIN KARBSTEIN é advogado e foi Professor de Historia do Brasil. É presidente do CONSEG Guaianases. Caixa postal 1409 cep 01059-970 Email: franklin@conseg.org site www.conseg.org serviço: 65571966 - 92397785.

Crédito da imagem: http://www.migalhas.com.br

Um comentário:

Elisabeth Lorena Alves disse...

Dr. Franklin!
Magnífico o texto sobre Guaianases.
Fico emocionada quando vejo escritores e pessoas de nosso Bairro escrevendo sobre ele.
Quando escrevi para a Revista Biografia sobre nosso Bairro, sofri atrás de informações e hoje vejo que deixei passar este texto belíssimo de sua autoria.
Amei ler-te aqui
Elisabeth Lorena Alves

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